São Lourenço da Serra
O município, que completou 21
anos de emancipação política-administrativa em 2013, é conhecido pelo
epíteto de Cidade Natureza, pois seu território está totalmente contido
em áreas de proteção de mananciais. A vegetação nativa da Mata Atlântica
se destaca, com espécimes de ipês, bambus, cedros, imbuias e
manacás-da-serra, que chamam a atenção dos visitantes, assim como o
rato-da-taquara e o esquilo caxinguelê ou serelepe, as cachoeiras (do
Paiol, Sítio dos Larvas, dos Pratas e a Cascata de Itatuba), a lagoa
Ranieri, as trilhas e a paisagem de montanhas.
Os dois principais pontos turísticos são
a Reserva Particular Paiol Maria e a Comunidade Itatuba. No Paiol
Maria, ficam as Trilhas das Canelas, das Águas, da Capela, Ibira Mirim e
dos Encontros, uma ponte tibetana, áreas de descanso sob
jabuticabeiras, minas d’água mineral, o lago verde, araucárias,
samambaia-açú, bromélias, serrapilheira, palmito-juçara, e, ainda, a
Pedra que Chora, um mirante rochoso com nascente, e um antigo forno de
carvão que lembra a história do lugar. A Vila de Itatuba tem apelo
artístico-cultural e programação que mostra o cotidiano da comunidade,
como a apresentação de violinos tocados por adolescentes e visitas aos
diversos ateliês de arte e artesanato existentes.
Geralmente, os passeios abrangem paradas
em pontos altos para que o turista admire as montanhas da região e
também participe de oficina de artesanato, se desejar. É possível
saborear deliciosa comida caseira ou visitar um espaço preparado para a
apicultura.
Entre os eventos, destacam-se as Festas
dos Santos Reis, do Lavar São João e a do Peão de Boiadeiro. Também são
muito frequentadas as Romarias de Cavaleiros do Sagrado Coração de Jesus
e de Nossa Senhora de Brotas; a Festa do Undo Kai, realizada pela
comunidade japonesa, o Concurso de Miss Afro São Lourenço e o Passeio
Ciclístico.
As principais atividades econômicas
locais são o comércio, algumas poucas indústrias mineradoras de água, a
agricultura e a prestação de serviços de caseiro, pedreiro, eletricista,
etc. A população também se dedica ao artesanato e a trabalhos em outras
praças como, por exemplo, na capital paulista.
Localização
Situada na região sudoeste da Grande São
Paulo, fica a 52 quilômetros de distância da capital, com acesso pela
Rodovia Régis Bittencourt, BR-116 (SP-230). Está a uma altitude de 720
metros acima do nível do mar; apresenta clima subtropical, bioma de Mata
Atlântica. Mantém divisa territorial com os Municípios de Ibiúna,
Cotia, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu e Juquitiba. Na hidrografia,
destacam-se o Rio São Lourenço da Serra e o Ribeirão Branco.
História
Criado recentemente, em 30 de dezembro
de 1991, o Município de São Lourenço da Serra, durante um longo período
(iniciado em 30 de dezembro de 1953), é distrito de Itapecerica da
Serra. Sua conformação resulta da série de desmembramentos de uma região
influenciada, desde meados do 16, pela ação jesuítica e pelos
aldeamentos indígenas.
As primeiras referências ao território
de São Lourenço da Serra, propriamente dito, remontam a meados do século
19, com a chegada dos caçadores Manoel Soares de Borba e Manoel Mendes
Rodrigues, que encontraram, no lugar de uma antiga aldeia, abandonada
por seus colonos em plena febre do ouro, alguns jesuítas e uma capela
construída em honra de São Lourenço. Estabelecem-se com suas famílias na
região, após dividirem, entre si, aquelas terras, consideradas
propícias tanto para a lavoura como para pastagens. Dedicam-se ao
cultivo de milho, feijão, cana-de-açúcar e mandioca, e constroem moenda
para produção de açúcar preto e um monjolo. Desenvolvem, também, a
criação de gado leiteiro, porcos, galinhas e cavalos, ampliando as
possibilidades do lugar.
Com o passar do tempo, as duas fazendas
originais vão se transformando em um núcleo populacional chamado, num
primeiro momento, de Vilarejo dos Borbas, seguido de Bairro de São
Lourenço da Serra. Inicia-se a produção do carvão que, com outras
mercadorias, é levado para Santo Amaro e trocado por café, arroz,
açúcar, sal, remédios e tecidos. Na época, já havia uma estrada que
vinha de Itapecerica, passava pela Aldeinha e seguia até Juquitiba,
aumentando a circulação em São Lourenço, sobretudo de tropeiros, que
começaram a buscar no local descanso e provimentos para suas viagens. O
bairro recebe novos habitantes e, a partir dos primeiros anos do século
20, passa a desenvolver atividade comercial mais intensa.
Gentílico
Sãolourençano
Fontes
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário